Paciente com H1N1 em São Gonçalo poderá ter mãos e pés amputados

Risco se deve a isquemia decorrente de evolução da doença, segundo hospital. Família teme pela saúde da paciente e irmão afirma que irá acionar UPA juridicamente

Por: Suzana Moura 12/08/2013

O quadro da paciente com o vírus H1N1 segue com complicações. A mulher de 42 anos que está internada no Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), desde o dia 22 de julho, corre o risco de ter pés e mãos amputados, segundo o irmão da paciente, Carlos Duarte. Carlos também ressalta que a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), do Colubandê, onde sua irmã recebeu o primeiro atendimento no dia 20 de julho, não fez nenhum tipo de exame, conforme garante a Secretaria de Saúde.


A paciente, que trabalha com consultoria em empresas, tem dois filhos adolescentes e a família teme pela sua saúde. “Meus sobrinhos estão abalados. Estão na casa dos meus pais, levando a vida normal deles, mas muito preocupados. Apesar de ainda estar em isolamento, ela já pode receber visitas, mas com o devido cuidado. Usamos máscaras e toda uma roupa apropriada. A esperança é que ela saia do isolamento nos próximos dias. Desde que confirmaram o H1N1, a Secretaria de Estado de Saúde entrou em contato conosco e nos deu as orientações necessárias. Quase todos da família já foram vacinados e até agora ninguém manifestou a doença”.

No último domingo, dia que foi comemorado o Dia dos Pais, a família da paciente passou por momentos difíceis. “Apesar da melhora clínica apresentada pela minha irmã, tivemos a péssima notícia de que seus pés e mãos estão necrosados, com indicação de amputação. Não estamos responsabilizando totalmente a UPA pela situação dela, pois nos dias em que ela ficou internada foi muito bem atendida pelos plantonistas de sábado e domingo. Se o primeiro médico que a atendeu tivesse feito um exame clínico de fato e solicitado exames, veria que o estado dela era grave”, afirmou.

Carlos ressalta ainda que vai acionar a UPA do Colubande juridicamente. “As consequências podem ser devastadoras para seus membros extremos. Ela precisará de um longo processo de readaptação e utilização de próteses. Sem contar que não terá como trabalhar mais, pelo menos por um longo período”.

A coordenação da UPA de São Gonçalo informa que enquanto a paciente esteve em observação na unidade, do dia 20 a 22 de julho, já havia a suspeita de que a paciente tinha H1N1. 

“Ainda na UPA, ela foi submetida a exames de hemograma completo (sangue), urina e gasometria arterial (medição de pH do sangue). Além disso, foi dado início ao tratamento com o medicamento Tamiflu, receitado a todos os pacientes com sintomas da gripe A (vírus H1N1).”

A direção do Hospital Estadual Alberto Torres informa que, no momento, a paciente apresenta estado de saúde grave. A direção esclarece ainda que o risco de amputação se deve a uma isquemia decorrente da evolução da doença.


Clique aqui e vá para a FONTE O FLUMINENSE

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terça-feira, 13 de agosto de 2013

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